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Pedreira justifica “incidente” com “rebentamento de um tubo”
A pedreira Nicolau Macedo, responsável por uma descarga ilegal no rio Ave esta quarta-feira, emitiu um comunicado a admitir o “incidente” assegurando ter suspendido “imediatamente” os trabalhos e accionado “todos os meios” para reparar o erro.
Segundo a nota enviada às redacções, o “incidente” deveu-se ao “rebentamento inesperado de um tubo no sistema de tratamento de águas e lavagens de areias”. Ontem, o rio Ave ficou branco ao longo de algumas horas após a referida descarga na zona de Gondomar, Guimarães.
A empresa refere ainda que tem sido visitada pelas entidades competentes e “reconhecida como um exemplo” pelo investimento efectuado na melhoria das instalações, “nomeadamente nos sistemas de combate à poluição”.
No entanto, de acordo com o Jornal de Notícias desta quinta-feira, a pedreira Nicolau Macedo é uma das principais poluidoras do rio, tendo em conta as recorrentes denúncias de descargas. Segundo o mesmo jornal, “é a que tem mais autos de notícia e contraordenação levantados pela GNR no rio Ave”.
Em 2015, parte da exploração da empresa que provocava mais poluição esteve encerrada durante cerca de um mês e meio.
Gaspar Borges é também responsável pelo Sistema Integrado de Despoluição do Vale do Ave. Apesar de receber milhões de euros das empresas daquela bacia hidrográfica para tratar as águas residuais das indústrias, a empresa pela qual é responsável fez ontem mais um descarga ilegal.
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães reagiu esta manhã aos últimos acontecimentos reivindicando um trabalho eficaz por parte da Águas de Portugal. Para além disso, Domingos Bragança defende o encerramento da empresa caso não venha a rectificar a situação. “Ao que parece reincide, e a meu ver, se não corrige deverá ser em definitivo fechada”, apontou.
Domingos Bragança disse desconhecer que a empresa tratava também da despoluição do rio. O autarca fala numa “reprovação total” e exige à Águas de Portugal que analise se “deve ou não implicar sancionamentos fortes dentro da própria estrutura accionista”.
Recorde-se que Guimarães é candidata a Capital Verde Europeia em 2020.