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CDU e JpG: Câmara de Guimarães passou ideia de insegurança
A Coligação Juntos por Guimarães e a CDU acusam Domingos Bragança de se ter precipitado ao comunicar que ia reunir com várias entidades acerca da segurança no centro histórico. Depois de uma semana “trágica” para Guimarães, tanto André Coelho Lima como Torcato Ribeiro dizem que o executivo se precipitou e acabou por passar a ideia de que Guimarães era um local inseguro.
Depois de excluída pela Polícia Judiciária a hipótese de homicídio no caso da morte de um vimaranense no centro da cidade, Torcato Ribeiro, vereador da CDU, afirmou que a Câmara não deve resolver este tipo de questões “a quente”. “Tem que haver reflexão. Aliás, no caso que despoletou esta temática, veio a verificar-se que o motivo da morte não foi propriamente o que se apontava. Penso que a Câmara embarcou na onda que se criou ao tentar resolver esta situação logo de imediato. Toda a gente veio para a rua protestar dizendo que vivíamos numa sociedade muito pergiosa, quando na verdade está errado. Assistimos a uma série de acontecimentos fortuitos, digamos assim”, disse o vereador comunista.
Em resposta o presidente do município justificou que, com o comunicado, o seu objectivo era combater a “percepção de insegurança” que surgiu na altura. “Guimarães é uma das cidades com índices de crimanilidade mais baixas do país. Na semana em que ocorreram um conjunto de acontecimentos fatídicos, começou a ter-se uma percepção de insegurança que era preciso combater de imediato”, afirmou o autarca.
Por sua vez, André Coelho Lima, do PSD, viu contradição nas palavras do autarca. “O presidente diz que Guimarães é um dos conselhos mais seguros do país, dados do Conselho Municipal de Segurança. Então pergunto: por que é que estamos a discutir a videovigilância nesta altura? O presidente disse ainda que não queria que passasse uma ideia de que Guimarães é inseguro – mais uma contradição. A ideia que passou foi exactamente que era um local inseguro. A verdade é que, ao reagir sobre eventuais factos criminosos, o autarca de Guimarães acabou por contribuir para confirmar, em termos públicos, essa suspeita”, atirou o vereador.
Videovigilância uma vez mais em cima da mesa
Domingos Bragança irá reunir, até ao final do ano, com diversas entidades, comerciantes e moradores do centro histórico. Para já, o Presidente quer criar um “equilíbrio” entre as vontades dos moradores do centro histórico e a actividade dos comerciantes. “É difícil conviver-se entre os residentes e a actividade dos bares. É esse compromisso que é preciso fazer. Queremos chamar à atenção de que o espaço público é de todos e todos temos que o defender”, explicou.
Recentemente, a videovigilância foi apontada como solução, nomeadamente pelo presidente da Associação Comercial e Industrial de Guimarães, Manuel Martins. Uma solução que não colhe a vontade da CDU. Torcato Ribeiro diz que a segurança se faz com patrulhamento. “Por vezes, falta patrulha policial em determinadas horas, em alguns locais. Sabe-se que muitas das vezes o consumo de álcool leva a alguns excessos. É perfeitamente natural que haja reforço policial nessa altura. Não ha necessidade nenhuma de retirar a privacidade dos cidadãos para resolver um problema relativamente fácil. Sem esquecer que o policiamento é muito mais eficaz que a videovigilância”, garantiu o comunista.
Já o líder da coligação Juntos por Guimarães afirmou que a videovigilância deve ser uma opção. “Na Colina Sagrada sem dúvida que deve haver videovigilância. No Centro Histórico é uma discussão que deve ser aberta. A videovigilância não pode ser discutida apenas por uma questão de segurança. Então temos que ver quais são os locais mais inseguros de Guimarães. Quanto a nós, a videovigilância tem que ver com salvaguarda do património classificado, para, por exemplo, não se fazer novamente o que já se fez à estátua do D. Afonso Henriques”, atirou André Coelho Lima.