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UM quer aproveitar resíduos do azeite para fazer pão
Chama-se ecoPROLIVE e nos próximos dois anos quer reaproveitar os resíduos da produção de azeite para o uso alimentar. Um projecto europeu cuja representação portuguesa é feita a partir da Universidade do Minho, nomeadamente pelo Centro para a Valorização de Resíduos. O projecto junta nove instituições de quatro países e conta com 2.4 milhões de euros, sendo 1.9 milhões financiados pelo Programa Horizonte 2020.
A investigadora Joana Carvalho explicou à RUM como funciona todo o processo. “As azeitonas sofrem todo um processo para a produção de azeite. São descaroçadas e, entretanto, há uma parte que sobra que é designada “cake” ou “bolo”. Essa parte não tem valorização e é alvo de uma extracção que, daí, permite obter óleos essenciais para produzir o chamado pão biológico”.
A investigadora do Centro para a Valorização de Resíduos garantiu ainda que o pão biológico traz vários benefícios para a saúde. “Os óleos essenciais são introduzidos no fabrico do pão, misturados com a farinha. Do ponto de vista da saúde, o pão biológico introduz óleos que são encontrados, por exemplo, em peixes gordos como o salmão. No fundo queremos criar uma mais valia alimentar. O pão vai ter outro sabor e outro cheiro”, explicou Joana Carvalho.
Um projecto “inovador” que, no fundo, pretende a valorização de todos os recursos da produção do azeite e “convertê-los de forma a que sejam criados produtos de alto valor”, concluiu a investigadora.