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PS apresenta voto de censura a gastos com gabinete

Os vereadores do Partido Socialista na Câmara Municipal de Braga apresentaram esta quinta-feira uma proposta de voto de censura pelo investimento de 76 mil euros dos cofres da autarquia para a renovação do gabinete da presidência. A proposta contou com o apoio do vereador da CDU. Todos os vereadores na oposição concorcam com a remodelação mas reprovam o custo e a casa escolhida pelo município para a decoração.

Esta manhã, viveram-se momentos de acesa troca de palavras na reunião aberta aos cidadãos, mas que contou apenas com a presença de jornalistas na assistência. A proposta do voto de censura foi lida em voz alta pelo líder dos vereadores socialistas, Hugo Pires e foi visível o desconforto do actual executivo.

O socialista referiu que o partido reconhece a dignidade que o espaço deve ter, mas discorda dos pormenores da intervenção que levaram ao investimento de 76 mil euros. “Por duas salas é realmente um custo excessivo, 76 mil euros é o custo de um apartamento. Esta sala nem cortinas tem, a de lá de dentro tem três janelas e as cortinas custaram 10 mil euros, isto não faz sentido absolutamente nenhum”, considerou Pires.

Na reacção à apresentação do voto de censura, o autarca bracarense criticou de forma taxativa os vereadores socialistas, apontando exemplos do executivo de Mesquita Machado, como o investimento de 8 milhões de euros na piscina olímpica, a compra das Convertidas no final de mandato, e ainda o pagamento de horas extras a motoristas. Ricardo Rio revelou que se deparou no início do mandato com “a necessidade de pagar horas extras a motoristas que tinham vindo num sábado levantar jornais, eram algumas das práticas”. O autarca referiu que, “aparentemente, ao sábado, havia um motorista que vinha buscar os jornais ao quiosque e que depois os ia levar ao presidente, a casa”.

Ainda assim, no decorrer da reunião de câmara, Ricardo Rio apresentou esse exemplo alargando este tipo de serviços extra a vereadores do Partido Socialista. Críticas que levaram o actual grupo de vereadores do PS a solicitar uma certidão das declarações do actual presidente. Hugo Pires explicou que foram feitos “ataques gratuitos (ao PS), dizer que o Partido Socialista tem telhados de vidro”, e por isso, estes mesmos vereadores vão “desafiar publicamente o presidente de câmara a dizer quais são esses telhados de vidro”. Aliás, o vereador do PS garantiu que “muitas coisas se vão esclarecer de futuro”.

Numa interpelação ainda no decorrer da reunião de câmara, a vereadora socialista, Palmira Maciel, criticou a reacção de Ricardo Rio, lembrando que “já não é a primeira vez que o presidente de câmara reage de forma brusca”, acusando-o também de dizer “uma série de mentiras”. Críticas repetidas por Hugo Pires que afirma que Ricardo Rio “não sabe conviver com a crítica, com a diferença de opinião”, reagindo “intempestivamente e fazendo ataques gratuitos numa postura antidemocrata”.

Mas, para o autarca bracarense, este voto de censura não passa de um aproveitamento “despropositado” dos vereadores socialistas. “Este voto é um voto de um claro oportunismo porque não há fundamento para censurar este investimento”, defendeu.

A proposta do voto de censura apresentada pelos vereadores do Partido Socialista contou com o voto favorável do vereador da CDU. Carlos Almeida refere que o valor gasto “é excessivo e fora daquilo que seriam valores aceitáveis”.

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