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Trabalhadores do Centro Histórico pedem mais segurança
Os trabalhadores do centro histórico de Guimarães querem mais segurança. Foi pelo menos essa a vontade expressa esta manhã por alguns vimaranenses à RUM . Depois da morte violenta de um cidadão em pleno centro histórico, os trabalhadores mostraram-se preocupados, revoltados e pedem mais segurança.
Foi o caso de Manuel Sousa, que trabalha numa barbearia no Largo onde decorreu o incidente. “Encarei a situação com bastante apreensão. Está na altura de as entidades tomarem uma atitude: ou câmaras de vigilância ou reforço policial. Os casos de violência vão aparecendo e poderá ser cada vez pior”, assinalou.
Já Eugénia Vieira, de uma loja comercial, admitiu que os trabalhadores do centro ainda não reuniram de forma oficial, mas têm falado sobre possíveis soluções. “Entre todos consideramos que o mais plausível seria haver realmente o cumprimento da hora de encerramento dos bares e do comércio. Depois disso, haver vigilância policial, com uma recolha das pessoas. A videovigilância também seria uma opção. Neste caso saberíamos quem cometeu tal atrocidade”, assinalou.
Helena Marques, trabalhadora de uma loja comercial da Praça de São Tiago, afirmou que a solução já foi pedida há “algum tempo” e que seria “a existência de câmaras nas ruas para controlar o excesso de violência. Estamos revoltados e, sobretudo, preocupados”, admitiu.
Uma opinião que é seguida, em parte, por Carlos Almeida, de uma loja comercial. “Pelo que me disseram, a polícia apenas trabalha ate às 2h. Deveriam prolongar esse horário. A videovigilância não resolve tudo. As lojas têm e há formas de contornar”.
O caso do último fim-de-semana deixou por isso um sentimento de revolta e preocupação em Guimarães. Enquanto que alguns admitem que houve já mais incidentes na zona, outros assumem-se surpreendidos com a situação.
“Isto não é de agora. Sempre houve insegurança, toda gente sabe. Há quinzes dias houve outro incidente. O reforço policial é a única solução”, admitiu José Silva, dono de uma mercearia do centro histórico. Já Eugenia Vieira, de uma loja comercial, assegurou que “Guimarães costuma ser uma cidade tranquila e começamos a ter medo de ter a porta aberta. É uma realidade”. Carlos Almeida concordou dizendo que “a maior parte dos trabalhadores estão revoltados. Não é normal acontecer algo assim aqui em Guimarães”.
Ainda assim, Manuel Sousa, da barbearia, admitiu que “vão havendo vários focos de violência, mas não muita. Há um sentimento de revolta, mas sobretudo de tristeza. É só olhar para o centro da cidade e para o monumento nicolino”.
Entretanto, ao início da tarde de hoje, a Polícia Judiciária de Braga afastou à Agência Lusa a hipótese de o homem encontrado morto no Centro Histórico de Guimarães ter sido vítima de homicídio. “Desenvolvidas as diligências e os exames complementares, está afastada a hipótese do crime de homicídio. Continuam as investigações”, afirmou a fonte.
Recorde-se que, em comunicado, o presidente da Câmara de Guimarães anunciou que irá reunir com um conjunto de entidades e instituições vimaranenses para definir as melhores soluções de segurança. A RUM tentou contactar Domingos Bragança, não tendo sido possível até ao momento.