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Trabalhadores da Jado Ibéria alvo de processos disciplinares

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte – SITE-Norte – realizou esta tarde um plenário na empresa Jado Ibéria, em Braga, para manifestar solidariedade com um grupo de 9 funcionários vítimas de processos disciplinares.

A situação remonta a Julho passado, quando os trabalhadores da secção de cromagem paralisaram durante vinte minutos, sob protesto, face aos 40 graus que se faziam sentir do interior da secção.

Há vários anos que os trabalhadores se queixam das temperaturas altas no Verão e muito baixas no Inverno, no entanto, até aqui, a administração da empresa não se terá manifestado disponível para solucionar o problema.

Augusto Moreira, coordenador da comissão de trabalhadores, e um dos trabalhadores com um outro processo disciplinar, explicou que a 9 de Julho, com mais de 40 graus no interior da secção “os trabalhadores chamaram à atenção do encarregado” que no entanto não manifestou disponibilidade para resolver o problema. No entanto, numa reunião, na sexta-feira passada, o encarregado terá explicado que no dia 9 de Julho “deu ordem ao chefe para procurar a ventoinha noutro sector para atenuar a situação até que chegassem as ventoinhas novas”. Mas, de acordo com Augusto Moreira “isso não aconteceu” e “os trabalhadores pararam durante vinte minutos” para sensibilizar as chefias. O problema acabaria por ser resolvido, no mesmo dia, por um elemento dos recursos humanos que “falou com os trabalhadores e no espaço de uma hora arranjou a ventoinha que existia dentro da empresa”.

No processo disciplinar instaurado aos nove trabalhadores consta que esses funcionários “não tinham o direito de fazer a pausa”. Processos que seguirão agora a via judicial. “Vamos recorrer para tribunal porque não aceitamos essa situação”, acrescentou o coordenador da Comissão de Trabalhadores da Jado Ibéria.

Sílvia Pereira, há 17 anos a trabalhar na secção de cromagem, reconheceu que estas condições de trabalho há anos que se repetem, lamentando que a administração nada tenha feito para resolver o problema. A trabalhadora não aceita o processo disciplinar explicando que este grupo de trabalhadores apenas parou durante vinte minutos “sem nunca abandonar o local de trabalho” esperando que “alguém da gerência” chegasse para dialogar.

Amélia Lopes, do SITE-Norte, que se juntou hoje aos trabalhadores “num acto de solidariedade” acusa a Jado Ibéria de se recusar, constantemente, a solucionar os problemas apresentados. “Estamos numa situação de prepotência por parte da empresa que ao contrário de procurar resolver os problemas, resolveu proceder disciplinarmente”, sublinhou.

A administração da Jado Ibéria terá garantido aos trabalhadores, na última sexta-feira, que dentro de alguns dias, os problemas com o frio extremo no Inverno e o calor excessivo no verão serão resolvidos.

Contactada, a Administração da Jado Ibéria recusou prestar declarações sobre esta matéria.

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