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Ecoibéria em Guimarães é “incoerência”
A candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia poderá estar em risco. Quem o diz é o Presidente Concelhio do CDS, Orlando Coutinho. Em causa a possível construção de uma fábrica de reciclagem, a Ecoibéria, numa zona de reserva ecológica, em Penselo.
Em declarações à RUM, Orlando Coutinho acusou o município de incoerência. “Aquilo que o executivo tem que esclarecer é se mantém a sua intenção de tornar Guimarães um concelho verde e lutar por esse título, que foi um dos objectivos programáticos do PS nas últimas eleições autárquicas. Tem que haver coerência entre aquilo que se programa politicamente e as acções que se executam durante o mandato. Parece-nos haver uma incongruência tamanha que poderá pôr em perigo este grande objectivo de Guimarães”, afirmou o centrista.
O presidente concelhio do CDS afirma ainda que há “instabilidade política” no PS local e, por isso, questiona a continuidade de Amadeu Portilha, vice-presidente da Câmara de Guimarães, como responsável pela pasta do ambiente, lembrando acontecimentos da última Assembleia Municipal. “O senhor Presidente da Câmara disse que este assunto, a partir daquele momento, é chamado a si, tirando a competência da condução deste processo ao vice-presidente. É notório que há alguma instabilidade no executivo socialista”, afirmou Orlando Coutinho.
O centrista deixou, por isso, um apelo ao município: “Queremos saber, perante esta situação inusitada, se há ou não condições para que o vice-presidente fique com esta pasta, que é um dos principais objectivos do mandato”.
O CDS condena a forma como o executivo vimaranense lidou com a instalação da empresa de reciclagem em Guimarães. “[O executivo] não tratou de saber os motivos pelos quais a Ecoibéria não ficou em Famalicão, que era sua primeira opção, não cuidou de saber a actividade económica da empresa, nem os seus impactos ambientais, não quis ouvir atempadamente o Presidente da Junta de Penselo nem os moradores daquela freguesia. Por último, deixou cair objectivos políticos cruciais para Guimarães, sobretudo deste mandato: a Sustentabilidade Ambiental, uma vez que a empresa trabalha com produtos altamente poluentes e porque esventra uma zona florestal, paredes meias com uma zona habitacional”.
O centrista lembrou ainda que a instalação da empresa poderá colocar em causa a segurança dos habitantes da freguesia de Penselo. “Sobretudo o bem-estar das populações e põe em causa a segurança a vários níveis. Recordo ainda os mais frágeis, uma vez que há bem perto uma instituição, a APPACDM, cujos utentes precisam de cuidados supletivos, que aquela unidade industrial pode prejudicar”, lembrou Orlando Coutinho.