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Ministro da Cultura inaugura Centro Interpretativo
O Centro Interpretativo das Memórias da Misericórdia de Braga vai ser inaugurado na segunda-feira.
A sessão irá contar com a presença do Ministro da Cultura, João Soares, e assume-se como o culminar da requalificação de um dos mais emblemáticos edifícios bracarenses, no caso, o Palácio do Raio.
Manuela Machado, coordenadora deste centro, falou esta tarde à RUM e já revelou o que se pode esperar deste projecto e diz tratar-se “de um núcleo de exposição permanente, dividido em dez salas temáticas, subordinadas a dez temas específicos. Cada uma delas conta a história, não só do Palácio do Raio, mas também das Misericórdias de Braga”. A responsável salientou ser “um orgulho poder devolver à cidade um edifício como o Palácio do Raio”, destacado por ser “um ícone do barroco e do rococó”.
Salas que olham para o passado e o presente da instituição
Neste novo edifício haverá uma sala dedicada à história do Palácio do Raio e sua requalificação, onde há enfoque ao barroco e rococó na cidade de Braga, com especial incidência nos trabalhos dos arquitectos Carlos Amarante e André Soares. Outra das salas traduz a história da Misericórdia de Braga, com um conjunto de objectos que reflecte o passado e o presente da instituição.
Um outro espaço é dedicada ao Hospital de S. Marcos, esta que é “uma componente essencial da actividade da Santa Casa na sua componente hospitalar”.
No piso superior do edifício haverá uma sala dedicada à celebração e liturgia, com documentos desde o séc. XVI até à actualidade. Duas das outras salas do piso superior olham para as profissões e o património imaterial da instituição, com destaque para a Semana Santa. A pintura e escultura religiosas não são esquecidas neste novo espaço, temáticas “que evidenciam a espiritualidade da instituição”, assumiu a coordenadora. A última sala deste edifício é dedicada aos provedores e benfeitores da instituição.
Para além das salas temáticas onde se olha para o passado e presente das Misericórdias, há outros elementos de interesse para conhecer, tal como “as zonas de circulação do edifício que fazem parte deste Centro Interpretativo. Todos os elementos arquitectónicos, tais como as escadarias, as esculturas, os átrios, constituem-se como pontos de interesse e que complementam a exposição permanente”, assegurou a coordenadora.
O Centro Interpretativo só é possível graças a um financiamento do QREN. “O financiamento é de 65%, cerca de 4 milhões de euros, sendo que também temos outro financiamento privado que cobre o restante investimento que não foi financiado pelo QREN”, explicou.
O Centro Interpretativo das Memórias da Misericórdia de Braga acolhe parte do valioso espólio da Misericórdia de Braga, composto por peças com alguns séculos, que testemunham mais de 500 anos de história da instituição. O seu acervo inclui peças de arte sacra, têxtil, pintura, escultura, ourivesaria, cerâmica, bem como objetos ligados à atividade desenvolvida pela Misericórdia na área da saúde, nomeadamente do Hospital de S. Marcos e da sua Farmácia. É complementado por um conjunto de documentos representativos da sua atividade ao longo do tempo.
O edifício, erguido por volta do ano 1750, fazia parte do complexo do antigo Hospital de S. Marcos, que pertenceu à Misericórdia entre 1569 e 1974.
Será, a partir da próxima segunda-feira, um espaço para fruição dos bracarenses e que terá entrada gratuita.