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Educação é determinante na produtividade
A educação é determinante na produtividade de um país. Esta foi uma das conclusões do seminário desta quarta-feira lançado pela Escola de Economia e Gestão (EEG) da Universidade do Minho (UM).
Na mesa para discutir o “Desafio da Produtividade”, juntou-se um sindicalista, João Proença, o representante da Bosch Portugal e o consultor da Delloite Portugal.
Jorge Marrão, da Delloite Portugal, realçou o impacto da educação na produtividade de uma empresa. O responsável assinalou que a produtividade “também pode estar relacionada com a educação”, uma vez que a formação é “essencial”, considerando que um dos entraves da produtividade em Portugal “está na própria empresa e não nos trabalhadores em específico”. Marrão assinalou, por isso, que a elevada produtividade “tem muito a ver com a educação”, realçando a necessidade de uma empresa ter “pessoas formadas, as tecnologias e certas e um sistema à roda que permita produzir em altas produtividades”.
Carlos Ribas, representante da Bosch Portugal: “produtividade em Portugal não é fraca, antes pelo contrário”
Carlos Ribas deixou grandes elogios à produtividade dos portugueses e ao trabalho das universidades, nomeadamente da Universidade do Minho com a qual tem protocolos. Carlos Ribas já trabalhou e liderou equipas em vários países e considera que a produtividade em Portugal “não é fraca, antes pelo contrário” e diz que são necessários “melhores salários”, reconhecendo que só se pode dizer que os portugueses “só não são produtivos em Portugal” porque “há falta de aposta na criação e inovação”.
Carlos Ribas deixou um apelo aos responsáveis políticos: “Tem-se batido muito no ensino em Portugal, peço por favor que não piorem mas mantenham. Portugal lança no mercado todos os anos muitos e bons talentos e, na Bosch, neste momento, temos colaboradores portugueses desde a China até ao Chile, desde a coordenação de projectos até liderar fábricas”, realçou.
João Proença defende modernização dos sectores tradicionais
João Proença, ex secretário-geral da UGT, referiu a necessidade de se apostar nas empresas mais pequenas. “Cada país tem que apostar nos seus sectores de actividade”, começou por explicar, alertando que “não se deve apostar pura e simplesmente no aumento de produtividade que pode conduzir a um beco sem saída, nomeadamente na explosão de desemprego, no estouro dos sistemas da Segurança Social e outras consequências profundamente negativas”. O também engenheiro físico deu os “bons exemplos” dos sectores do vinho e do calçado.
O seminário realizado esta quarta-feira insere-se no ciclo de eventos no âmbito dos 20 anos da Licenciatura em Economia.
A apresentação do seminário esteve a cargo de Fernando Alexandre (EEG/UMinho) e foi moderado por João Cerejeira (EEG/UMinho).