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Haverá falta de dinheiro nos multibancos até 15 de Janeiro
A falta de dinheiro nas caixas multibanco vai continuar a fazer-se sentir, pelo menos, até ao dia 15 de Janeiro. Uma situação que se deve à greve nacional dos trabalhadores da vigilância privada. Depois da greve dos dias 23, 24 e 25 de Dezembro, a paralisação realiza-se agora aos feriados e ao trabalho extraordinário.
Eduardo Teixeira, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas (STAD), revelou à RUM que a adesão no distrito de Braga ronda os 80%. “A greve ao trabalho extraordinário irá sentir-se sobretudo nos transportes de valores. Está a ter uma adesão esmagadora, de mais de 80%”. Um situação que terá tendência a piorar, admitiu o dirigente. “Os multibancos terão cada vez menos dinheiro. Só a greve ao trabalho extraordinário está a causar um enorme transtorno no que diz respeito à circulação de dinheiro”, disse.
A greve decorre da luta por melhores condições de trabalho, lembrou o dirigente do STAD. “As empresas assinaram um contracto colectivo de trabalho com o SITESE (Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços), que é filiado na UGT, que implica uma perda enorme de direitos. Além disso, afecta o horário de trabalho, que passa a incluir o banco de horas e o horário concentrado. Há também perdas a níveis salariais ao nível dos 50€. Após 14 reuniões, a proposta das empresas é idêntica à do SITESE. A luta apenas cessará quando as empresas garantirem que, pelo menos, irão manter os nossos direitos”, defendeu Eduardo Teixeira.
Ao não realizarem trabalho extraordinário, os trabalhadores acabam por não ter tempo para repôr o dinheiro nas caixas multibanco. O dirigente do STAD lembra que, no caso concreto do Distrito de Braga, a assistência aos multibancos é feita por trabalhadores que partem do Porto. “Há circuitos que vão para Braga para carregar os multibancos e voltam para trás quando completam a carga horária. Isto acontece porque as empresas dizem aos seus trabalhadores para darem prioridade aos clientes, ou seja, aos serviços das grandes superfícies comerciais e não aos multibancos”, esclareceu o dirigente.
Os centros das cidades são priveligados e, por isso, a falta de dinheiro nos multibancos irá sentir-se mais na periferia, de acordo com Eduardo Teixeira.