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Shakespeare abre as portas dos Festivais Gil Vicente
Junho é o mês do Teatro em Guimarães. A partir desta quinta-feira e ao longo de duas semanas, a cidade berço é palco de seis peças que representam o que de melhor se faz no teatro contemporâneo. O festival parte de textos de grandes nomes da dramaturgia mundial como Shakespeare, Molière, Simon Stephens e Tchekhov.
Rui Torrinha, programador do Centro Cultural Vila Flor, revelou à RUM que esta edição dos Festivais Gil Vicente traz, por um lado, “uma roupagem contemporânea sobre textos clássicos”, por outro, “a apresentação de novas dramaturgias, sempre incidente no teatro contemporâneo”. Para esta edição programaram-se “quatro grandes peças para o Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor, às quintas e sábados, e depois apresentamos dois projectos teatrais, às sextas, que desafiam as convenções”.
O festival abre portas esta quinta-feira com a peça “Ricardo III” de William Shakespeare, encenada por Tónan Quito. Pretende-se assinalar 400 anos do desaparecimento do escritor, numa peça nomeada para os Globos de Ouro. No dia 8 de Junho haverá também um debate para assinalar precisamente a importância que este escritor ainda tem no teatro contemporâneo.
Como é habitual, o evento conta com uma série de atividades paralelas. Até ao dia 8 de junho está a decorrer, no CCVF, um Workshop de Dramaturgia com a Lark Foundation, numa “proposta absolutamente irrecusável”, de acordo com Rui Torrinha. “Numa relação com o curso de teatro da Universidade do Minho, criámos uma oportunidade de formação com uma das mais bem reputadas estruturas de dança mundial”, revelou.
De resto, os Festivais decorrem até 11 de Junho e há mais cinco peças para ver. Sexta-feira, prosseguem na Black Box da Plataforma das Artes e da Criatividade, com o “Ciclo Novas Bacantes”, de João Garcia Miguel, uma peça que é “um desafio às convenções”.
No dia 4 de junho, sábado, o teatro regressa ao Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor com “O Misantropo”, de Molière, encenado por Nuno Cardoso. O encenador irá transformar o palco numa dicoteca, mais propriamente numa pista de dança retro.
Na segunda semana, os Festivais Gil Vicente reservam ainda três espetáculos. No dia 9, às 21h30, no Grande Auditório do CCVF, Nuno M Cardoso apresenta uma dupla peças do britânico Simon Stephens, “Águas Profundas + Terminal de Aeroporto”.
No dia 10, na Black Box da Plataforma das Artes, a Amarelo Silvestre apresenta duas sessões do “Museu da Existência”, a primeira às 18h30 e a segunda às 21h30. Para Rui Torrinha, uma peça “muito interessante” já que a sua preparação decorreu em casas de vimaranenses, onde os criadores recolheram objectos e histórias. O resultado “é o espólio que integra a própria dramaturgia do espetáculo”.
Os Festivais encerram com a sua única peça internacional. No dia 11 de junho, às 21h30, o Grande Auditório do CCVF acolhe o regresso dos aclamados belgas da tg STAN. A companhia traz a Guimarães “The Cherry Orchard”, a última peça escrita por Tchekhov.
O passe geral para o evento custa 30€. Os preços dos bilhetes para cada peça variam entre os 7.50€ e os 10€.