Copyright © – RUM
Todos os direitos reservados.
Designed and developed by Gen Design Studio
“A maior honra da minha vida foi presidir ao Parlamento”
Assunção Esteves despediu-se esta tarde do Parlamento enquanto Presidente da Assembleia da República AR, a segunda figura do Estado Português. A social democrata entrou para a história ao ser a primeira presidente mulher na AR.
“Não deixarei nunca de ser política e de estar na política. A política é um amor ao mundo e eu sinto um imenso amor pelo mundo, sinto um imenso amor pelo Parlamento, e poderei mesmo dizer que a maior honra da minha vida foi presidir ao Parlamento, como disse no primeiro dia”, disse a social democrata.
Os partidos despediram-se hoje da Presidente da AR, lembrando o papel de Assunção Esteves numa legislatura difícil e destacando a sua “competência” e a “forma isenta e imparcial como exerceu o seu cargo”.
Em reunião de hoje da Comissão Permanente, órgão que funciona fora do período de funcionamento efetivo da Assembleia da República, os partidos deixaram mensagens de despedida para com Assunção Esteves.
Ferro Rodrigues, líder parlamentar do PS, foi o primeiro a falar e sublinhou toda a “estima, consideração e reconhecimento” dos socialistas pelo papel da Presidente da AR “em momentos muito difíceis nos últimos quatro anos”.
Já o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, elencou a “forma isenta e imparcial” com que a social-democrata exerceu as suas funções.
Posteriormente, Montenegro declarou que Assunção Esteves conjugou “várias características” que a tornaram uma Presidente com “um conhecimento claramente acima da média, com capacidade grande de forma independente acolher as várias sensibilidades e linhas de argumentação dos partidos”.
Nuno Magalhães, pelo CDS-PP, elencou o “talento, competência e cultura” da responsável, acrescentando que Assunção Esteves “prestigiou o país e o parlamento” ao chamar a atenção há algum tempo para o “trágico problema das migrações”.
João Oliveira, líder parlamentar comunista, sublinhou os quatro anos de “grande exigência, grandes dificuldades” para os portugueses, ao passo que Heloísa Apolónia, do partido ecologista “Os Verdes”, reconheceu nem sempre ter estado de acordo com decisões da Presidente mas elogiou o “pragmatismo” de Assunção Esteves “na procura de soluções”.
Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do BE, abordou os resultados das legislativas de 04 de outubro para dizer que não haverá mais uma maioria absoluta PSD/CDS-PP e reconheceu intervir com “alguma satisfação” na última sessão da legislatura onde tal maioria se verificou.
“Destes quatro anos passados não levamos só as coisas más. Devemos aprender a cada dia que passa. A discordância pode fazer-nos melhor”, prosseguiu o bloquista.
Com Lusa