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Recolhimento das Trinas acolhe 11 refugiados em Guimarães
Já há destino para 11 dos mais de 50 refugiados que Guimarães vai acolher. De acordo com a Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães, o Recolhimento das Trinas, no centro histórico da cidade, foi o local escolhido para receber 3 famílias.
Há décadas que o local funciona como habitação de várias idosas, que serão transferidas para outros lares da cidade. Noémia Carneiro explicou à RUM que a Segurança Social deixou de financiar o Recolhimento por este não ter condições para habitação de idosos. “Nós temos um alojamento que ficou livre porque a Segurança Social caducou o contracto, visto que as condições para acolhimento de idosos não eram as ideais. Foi reconvertido para acolhimento de refugiados, onde iremos receber 11 migrantes. Três famílias serão acolhidas, onde teremos alimentação, algum vestuário e também condições de acolhimento personalizadas. Uma socióloga, habituada a lidar com questões de minorias, estará a acompanhá-los”, assegurou.
Este é um processo que ainda “não está efectivado”. Noémia Carneiro garantiu à RUM que as inquilinas do Recolhimento das Trinas estão satisfeitas. “As idosas ainda estão em processo de mudança. Elas estão muito contentes, já que viviam autonomamente. Têm quase todas mais de 80 anos e, quando estiverem nos lares, a diferença será muito grande. Está a correr tudo bem”, assegurou.
As idosas poderiam ter optado por permanecer no Recolhimento das Trinas, mas não seria possível manter o pagamento de 37 euros de renda. Ainda assim, uma das inquilinas optou por permanecer no local para ajudar no acolhimento dos refugiados. “Há uma única, com 60 anos, que preferiu ficar, porque há quartos livres. Ela quer participar no trabalho de acolhimento. A hipótese foi apresentada a todas, mas a maioria tem mais de 80 anos e tudo se torna mais complicado. Temos que ter cuidado, carinho e amparo com essa situação”, lembrou a Provedora.
Guimarães irá acolher entre 50 a 60 refugiados. Noémia Carneiro garante que Guimarães tem todas as condições para esse acolhimento. “Do que tenho assistido, penso que vamos receber entre 50 e 60 refugiados, sem certezas. Espero que a cidade responda bem, porque vejo muito envolvimento e há condições”.
Ainda não há data para a chegada dos migrantes a Guimarães.