50 jovens em Braga para enriquecer pacto ibero-americano

Cinquenta jovens de diferentes classes sociais e grupos minoritários estão desde esta manhã de segunda-feira reunidos em Braga, cidade que em 2016 é Capital Ibero Americana da Juventude. Chegam de vários pontos do país, representam várias étnias e participam ao longo de dois dias no Fórum Nacional de Juventude. Nas diferentes mesas redondas vão discutir problemas do dia-a-dia e deixar sugestões e contributos. O objectivo é que até ao meio dia de terça-feira as estratégias estejam delineadas numa carta. Em Outubro os chefes de governo e os chefes de estado reúnem-se na Colômbia, na Cimeira dos Chefes de Estado do espaço ibero-americano. A juventude é uma das linhas a debater na cimeira deste ano daí que a Organização Internacional de Juventude (OIJ) esteja a elaborar uma série de trabalhos com jovens representativos de todos estes países. Os objectivos do desenvolvimento sustentável (17) vão ser apresentados aos jovens, assim como a discussão de implementação destes objectivos da ONU até 2030. O que se pretende é que estes diferentes grupos saibam e discutam a melhor forma de os implementar junto dos seus.

De acordo com Carlos Santos, facilitador neste fórum, o que se pretende é “definir uma estratégia comum” nos países ibero-americanos.

A partilha de experiências e diferentes realidades são determinantes nesta fase em que as políticas de juventude parecem ganhar uma nova importância.

A cerimónia de abertura aconteceu esta manhã, no IPDJ de Braga e contou com a presença do presidente da OIJ, Max Trejo, o secretário de estado da juventude e desporto, João Paulo Rebelo, o Director Geral do Injuve (o instituto espanhol de juventude), Ruben Urosa, e o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio.

No discurso, o mexicano Max Trejo ressalvou que trabalho desenvolvido “ultrapassa finalmente o debate de ideias, representa um vínculo”, tratando-se de “um processo efectivo e real”. O presidente adjunto da OIJ assume que a organização está a trabalhar para ter “a porta da juventude aberta” daí que os contributos de representantes de diferentes etnias em todos estes países sejam essenciais. Max Trejo acrescentou ainda que “as pessoas pobres devem ser protagonistas” na elaboração deste pacto que se quer afirmar como um trabalho de “revolução para a juventude”. Trata-se de “um contrato social, uma estratégia regional que quer puxar programas para a juventude” até porque juntos, estes países “podem chegar mais longe”, rematou o mexicano.

Já o secretário de estado da juventude quer uma agenda política “virada para os problemas e desafios dos jovens”. João Paulo Rebelo não tem dúvidas da necessidade de políticas específicas para a juventude. “A juventude é uma fase do ciclo de vida que representa essencialmente a transição para a vida adulta, autonomia e independência, por isso, as políticas de juventude têm um impacto que se prolonga no tempo, pois não influenciam apenas o presente da juventude, mas sim o futuro de toda a sociedade”, afirmou o governante.

Na abertura deste fórum, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, optou por elogiar o trabalho que tem sido desenvolvido em ano de capital ibero americana da juventude na cidade dos arcebispos. Segundo o autarca, “Braga tem estado à altura da confiança que foi depositada, na multiplicidade de eventos”. Já os fóruns são vistos por Ricardo Rio como “excelentes contributos para promover o diálogo inter-cultural e ajudar a formatar novas políticas para a juventude”.

O trabalho de colaboração com Braga Capital Ibero Americana da Juventude visa juntar todas as comunidades discutindo metas de desenvolvimento para este conjunto de países, sempre a pensar nos mais jovens.

Até amanhã meia centena de jovens portugueses discutem uma série de temas estruturantes no IPDJ de Braga