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102 anos do Theatro Circo comemorados com Olga Roriz

O espectáculo “Antes que Matem os Elefantes” sobe ao palco do Theatro Circo esta sexta-feira, dia de aniversário da sala de espectáculos. A comemorar 102 anos, o programador Paulo Brandão escolheu um espectáculo que quer também sensibilizar os bracarenses para a actualidade internacional. “Antes que Matem os Elefantes” de Olga Roriz sobe ao palco do Theatro Circo esta sexta-feira às 21h30.

Uma peça “intensa” que se debruça sobre o conflito na Síria. A guerra é o ponto de partida para um espectáculo que quer fazer reflectir sobre um tema que não é uma banalidade, disse à RUM a coreógrafa Olga Roriz, para quem  “foi muito doloroso pensar todos os dias, durante treês meses sobre o tema”.

“É uma forma de alertar as pessoas e não esquecermos que, apesar de parcer uma banalidade que nos entra pela casa dentro, é uma realidade”, atento. “É a minha forma para passar este testemunho para as pessoas imaginarem o que se está ali a passar e pensarem sobre isso”, referiu.


O espectáculo passa-se num apartamento em Alepo, com sete sobreviventes, numa “metáfora de guerra”. “São quatro homens e três mulheres, que são sobreviventes que vivem num apartamento abrigo, vivendo a guerra em directo, debaixo de fogo”, resumiu a coreógrafa.


Inicialmente, Olga Roriz pretendia fazer uma peça sobre refugiados, tendo estado em vários campos de refugiados. “Não é a mesma coisa do que ver na televisão. Entranha na pele e é muito forte. Quando voltei a Portugal e continuei a minha pesquisa, sobretudo em documentários, cada vez mais comecei a ficar mais presa e sensível a todos os documentários sobre crianças que ainda estavam na Síria. Ao pouco, a minha mente virou-se para o conflito na Síria”, revelou.

Mas a exploração da temática não ficará por aqui. Olga Roriz já está a trabalhar na segunda parte da peça, numa criação que se chamará “A Síndrome”. “Não é um pós-guerra, porque a guerra não acabou. É um momento onírico. Como é possível, se sobriver, estar numa situação destas, levar o espectáculo para um sítio muito mais interior”, revelou. “Enquanto esta guerra não acabar, eu vou continuar a fazer espectáculos sobre este tema“, acrescentou.

Os bilhetes para o espectáculo desta sexta-feira custam 15 euros. 50% da receita reverte a favor da Unicef.

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